quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Espasmos do choro



Uma em cada 20 crianças em idade pré-escolar tem crises de choro complicadas com o suster da respiração. Em consequência da interrupção da respiração, ficam roxas, desfalecem e, por vezes, têm uma brevíssima perda do conhecimento.
Não obstante não terem qualquer perigo, as crises são assustadoras para quem as presencia. O evitar que estas crises aparatosas se repitam é o objetivos dos pais. Mas se as crises passam com a idade, o que não passa, são os erros duma educação permissiva pelo receio dos espasmos do choro.

O que são espasmos do choro?

Os espasmos do choro ou apneias do choro são breves pausas respiratórias com cianose, coincidentes com o início duma crise de choro, na sequência dum precipitante causador desse choro.

Como é que se manifestam?

No imediato a um desencadeante que provoque frustração e/ou ira, a criança sustém a respiração e o choro durante vários segundos (fica em apneia). Em função da maior ou menor duração da apneia (tempo sem respirar), a criança fica roxa (cianosada) na face, em especial em torno dos lábios. Se a apneia se prolonga, a criança fica momentaneamente desfalecida, embora seja raro que chegue a cair no chão. Se ocorre perda do conhecimento, esta dura poucos segundos.

Qual a frequência das crises e quando desaparecem?

A frequência é muito variável. As crianças mais birrentas/temperamentais fazem mais crises do que as outras. Será tolerável 1 a 2 crises por semana, mas por um período curto (semanas). Mas em geral são menos frequentes.
As crises vão diminuindo de frequência progressivamente até desaparecerem pelos 4 anos de idade. Para além desta idade colocam-se as mesmas dúvidas.

O que podem fazer os pais nas crises?

Fundamentalmente ficarem tranquilos pois nada irá acontecer. Os espasmos do choro não têm qualquer perigo. Só assustam os pais e quem assiste. A criança fica bem e recomeça de imediato a atividade normal.
Algumas crianças interrompem as crises param se lhes soprarem com força para a cara. Os mecanismos respiratórios assemelham-se à apneia que algumas crianças fazem durante um mergulho na água. Ultrapassada a crise, é como se a criança tivesse saído da água. Está de novo normal.

Quando devem procurar o pediatra?

Justifica-se consulta médica nas crises atípicas:
  • Duração total da crise superior a 60 segundos;
  • Perda de conhecimento prolongada (mais de 30 segundos);
  • Seguidas de queda;
  • Palidez intensa;
  • Crises semanais ou quase diárias de forma persistente;
  • Inicio antes dos 6 meses ou depois dos 3 anos de idade;
  • Persistência para além dos 4 anos de idade;


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